A GUARNIÇÃO 'ESTRELA DA MORTE'
O Início de tudo, a nossa história.
Este é um relato do nosso atual Executive-Officer : Ti19760
Ao realizar as pesquisas em fóruns sobre fan clubes, encontrei um que era da divisão brasileira do 501st Legion. Deixei uma mensagem lá e troquei mensagens com outras pessoas de Campinas que também estavam pesquisando em fóruns. Fui contatado por um membro do clube que morava nas proximidades e estava recrutando pessoas. Como eu já tinha uma armadura de Stormtrooper e ele me encontrou pelo Facebook, me convidou para uma gravação em um canal de televisão.
Nos conhecemos pessoalmente, e eu conheci outros membros do grupo tanto de São Paulo como de Minas Gerais e Rio de Janeiro em uma "pegadinha" Star Wars, a primeira com esse tema no Brasil, realizada pelo SBT, chamada "Soldados do Beco", exibida em dez de maio de 2015. Foi uma experiência única para mim, um garoto caipira do sítio que sempre brincou. Nunca imaginei que um dia poderia estar com uma tropa de Stormtroopers aprontando em uma rua qualquer por aí.
| Um dos sonhos agora realizados.
Foi um dia memorável. Estava em êxtase total. Nunca me imaginei naquela situação há alguns meses atrás. Foi mágico, único, momento eternizado pelas câmeras. Apesar de serem vários Stormtroopers, eu era o que estava com uma câmera Go-Pro na cabeça.
Depois disso, fiz as fotos de aprovação e entrei para o 501st. Fiquei encantado com a proposta de filantropia, uma modalidade de caridade que nunca tinha pensado. Hoje vemos muitas crianças envolvidas desde cedo, muitas fazem cosplays temáticos e vão aos eventos para se divertir e ajudar outras pessoas.
O site do 501st Legion possui um guia de trajes, por isso que eles têm um CRL (Costume Reference Library), que orienta como devem ser os trajes de aprovação, além das normas e protocolos de conduta. Como foi criado por um militar, há uma exigência de pelo menos uma ação ou missão filantrópica por ano, que deve ser registrada com fotos e documentada pelo SL (Squad Leader) caso pertença a algum esquadrão ou por alguém do comando oficial do fã clube que esteja representando no evento.
Quando entrei para o fã clube, já existiam alguns membros da região com a proposta de criar um esquadrão aqui no interior de São Paulo. Já existia um logotipo e nome, que tinham sido feitos para quando o processo fosse enviado, já estariam prontos. Os Garrisons e Squads usam estandartes para visualização dos contingentes de uma determinada tropa e território.
Entrei oficialmente em quinze de junho de 2015, como Stormtrooper. Fizemos alguns eventos, e Solange já estava confeccionando o traje de oficial imperial para se cadastrar, mas por motivos pessoais, de saúde e trabalhos, os membros foram se afastando e acabou que a ideia de montar esse esquadrão morreu.
Death Star Squad: retomada e segunda formaçãoNo início de 2016, tudo estava parado. Foi quando me veio um insight: "Entramos no grupo porque gostamos disso. É revigorante ajudar as pessoas, é uma forma de amor, não é?" Então veio outro desafio: como iríamos iniciar essa retomada? A grande questão era como iríamos iniciar, contatos etc. Mandei vários e-mails a entidades, hospitais e não recebemos nenhuma resposta animadora. Acabamos fazendo algumas "missões" isoladas e pequenas em São Paulo, Rio Claro e São José dos Campos.
Então, através de outro membro, Rodrigo, conseguimos entrar em um hospital de Campinas em abril de 2017, iniciando assim o processo de retomada da formação da nova equipe do esquadrão da Estrela da Morte (Death Star Squad ou DSS para os mais íntimos).
Eu comparo as convivências interpessoais a uma grande rodoviária. Alguns chegam ali para tentar algo novo e acabam ficando pelas redondezas, outros chegam, passam e nunca mais você irá ver, e outros serão figurinhas carimbadas que sempre estarão por ali.
Assim são as pessoas, algumas chegam com aquela vontade e vão ser seus parceiros nas missões, outros têm aquele entusiasmo de momento e depois vão se afastando, outros aparecem esporadicamente, apenas quando o evento os convém. E assim é a vida. Filantropia é um ato de amor e doação. Fazemos tudo do nosso bolso, sem cobrar nada em benefício próprio. Gastos com trajes, transporte, viagem, tudo por nossa conta. Algumas vezes somos surpreendidos com alimentação, doada também com carinho pelas entidades que estão nos recebendo.
Com o passar do tempo, através das redes sociais, agregando aos poucos os membros, o grupo cresceu. Em janeiro de 2018, fiz o pedido de esquadrão junto ao comando da divisão Brasil. O logo teve que ser refeito e atualizado, adequando-se aos padrões exigidos pelo fã clube internacional. Adicionei os territórios, os membros e, em 5 de abril, oficialmente iniciou o período probatório do DeathStar-Squad com 13 membros espalhados entre as cidades de Campinas, Pedreira, Salto, Indaiatuba, Nova Odessa, Bauru, Águas de São Pedro e Tietê. A distância geográfica é bem acentuada em alguns pontos, porém alguns integrantes realizaram as ações sem perder o foco, seja com um membro, 5 ou 13. O importante era fazer as missões.
Colaboradores: receita de sucesso e trabalho em equipe.
Uma questão que comecei a ver é que algumas pessoas não queriam ser do Lado Negro, ou que não se interessavam pelos fãs clubes para as aprovações que são exigentes e às vezes acabam frustrando os interessados (501st Legion, Rebel Legion, Mandalorian Mercs), mas gostavam de fazer as ações. Então pensamos, por que não agregar essas pessoas também? Os fã clubes têm suas orientações, mas também é um desafio tentador chegar à perfeição.
Como líder e legionário, minha função é ajudar quem quer fazer um upgrade no traje, independente se ela quer fazer parte das fileiras do Império. Outra questão: mulheres.Mais participação feminina no grupo, praticamente dominado por homens. Então começamos aos poucos a chamar essas pessoas nos eventos, tanto para alistamento como também para participar das missões, sejam elas Jedis, Siths, Mandalorianos. O importante é diversão, fazer algo em benefício do próximo e expandir nossa paixão por Star Wars e as amizades. Uma fórmula que deu certo: conseguimos dentre esses mais 12 alistamentos, chegando a 25 membros em fevereiro de 2019.
O caminho não foi fácil: algumas aprovações foram negadas, houve frustrações, tanto minhas como das pessoas que confiavam em nós. Naquele momento em que você conversa com o colaborador, o incentiva a continuar, como disse, é um fã clube. Se desiste de algo simples, como vai enfrentar algo que é importante na sua vida, desistindo assim também?
A filosofia de convidar as pessoas para participar do backstage foi muito boa, pois acabam ali vendo como a magia funciona e ajudando nas missões como staffs.
Passei por isso: tentei várias vezes para entrar. Meu tamanho é grande, não existem Stormtroopers "obesos", mas adaptei o traje para os padrões. Sem contar que em 2017 também registrei meu piloto Tie Fighter. Há muitos trajes que podem escolher que se adaptam bem ao seu corpo, que fiquem perfeitos. Nada impede que entre como um piloto reserva, mas compre um traje de Stormtrooper que o padrão é 170 cm a 185 cm e você tem 160 cm, e use algumas vezes também. Que compre um traje Jedi e use, por que não?
Quase todos os colaboradores acabaram entrando para o fã clube. Para quem recomeçou com 3 membros, chegou aos 13 para formar o esquadrão e agora atingiu os 25 membros para uma nova guarnição. Com os colaboradores, estamos em 38 pessoas e mais algumas em namoro com o projeto.
Atuação bastante focada nas pessoas com deficiências, sejam elas físicas ou mentais. Aquela hora em que ninguém vê que o Trooper chora por debaixo do seu capacete, vendo a alegria de uma criança quando você está perto dela ou pega em sua mão. Nenhum valor em espécie desse mundo pode pagar essa sensação. Fazemos estandes em eventos para divulgar o fã clube e recrutar novos membros. As eleições do 501st Legion em todo o mundo para os comandos de guarnições e esquadrões são realizadas todo mês de fevereiro, onde o legionário não pode se auto-candidatar, mas pode ser indicado e, aceitando ou não, concorrer ao cargo. Fui indicado e reeleito pela maioria para mais um ano de mandato no esquadrão.
Os fundadores da guarnição foram Daniel Martins Gonçalo TK19760 e Luiz Azzamaster DS89889, em 02 de abril de 2019.
A criação de uma guarnição tem que ter no mínimo 25 membros registrados e fazer um pedido pelo processo de:
- Identificação do nome da guarnição- Nome da guarnição que está ainda pertencendo
- Site operacional
- Logotipo da guarnição
- Equipe que será do comando (GCO, GXO, GPR, GWL, GML) que seria comandante oficial, comandante executivo, relações públicas, ligação webmaster e ligação com membros para fazer a aprovação.
- Território de atuação
- Proposta de atuação junto à comunidade
Preenchido isso, após votação de enquete interna, se aprovada pelo C.O, o pedido vai para o 501 internacional. Aprovando todos os itens listados, vai para votação de todos os comandantes das guarnições do mundo todo, votação que dura em média 7 dias, sendo autorizada a formação do novo Garrison. Tem o período de um ano para desenvolver as atividades com as comunidades, depois disso volta à nova votação onde aprovada será totalmente desvinculada da guarnição "mãe", vamos dizer assim, e torna-se 100% independente. Nos esquadrões o período é de seis meses e não necessita, no caso do site, só dos outros requisitos. O pedido de Squad pode ser feito quando atingido dez membros que residam dentro da mesma área de atuação pretendida pelo mentor do grupo que será votado para ver se efetivará como SL durante um ano. Doze meses são os períodos que são para governo de Garrison e Squads.
Nosso esquadrão está com 25 membros. Chegou a hora de avançar para mais um nível acima. Expectativas, ansiedade, receios, novos desafios que estarão por vir. Porém, foi nisso que focamos todos o ano passado, trabalho cansativo, prazeroso, sempre tentando fazer o melhor pelos legionários, dando suporte técnico e, às vezes, emocional, pois somos humanos, e há momentos que não agimos como líderes, mas como amigos pessoais. O grande sucesso disso tudo são as famílias que se juntam nos eventos, mães, pais, filhos, maridos, esposas, namorados(as) que não estão trajados, mas acompanham alguém da família que está trajando no evento.
Essa é a base da receita de sucesso: família, amigos, filantropia e Star Wars. Estamos aguardando os procedimentos para assim poder dar entrada ao pedido da nova guarnição e assim começar as missões com a mesma vontade que nos fez crescer no ano passado. Nossa região de atuação vai desde a região de Jundiaí até passando pela região de Sorocaba, Marília, Presidente Prudente a São José do Rio Preto, Franca, finalizando em Campinas, ou seja, quase todo o interior de São Paulo, só ficando as regiões de Registro e Itapeva de fora.
Iniciamos essa retomada, alguns saíram, outros entraram e muitos estão por vir. Agradeço a toda a equipe que fez a diferença e está fazendo história com essa nova guarnição.
Não tem como falar em retomada sem citar uma pessoa também que se mostrou amigo, parceiro, irmão, meu braço direito e um grande mentor e conhecedor das causas das pessoas com deficiências, que é o Luiz Azzamaster. Uma pessoa muito discreta, não gosta de aparecer, por isso não vou colocar o sobrenome dele aqui, apenas o seu nome e identificação do fã clube, mas foi uma pessoa de imensa ajuda, que alavancou as missões, os contatos, que me mostrou outro lado das pessoas com deficiência, que aproximou o esquadrão com essa comunidade, que às vezes, quando desanimava, me vinha com palavras certas, levantando meu ânimo para nunca desistir. Como disse, há pessoas que vêm e vão, e outras que chegam para ficar. Tk19760, Squad Leader do 501st Legion Death Star Squad e posteriormente Comandante Oficial do 501st Legion Death Star Garrison, gestão de 2019 a 2021.
Ao passar do tempos, estes foram os logos desenvolvidos, até chegar ao nosso atual emblema: